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Os biocombustíveis têm potencial de reduzir em 70% as emissões globais de CO2 até 2050, dado é revelado pelo estudo Global Energy Transformation, publicado este ano. O levantamento foi realizado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) e  apresentado nesta terça-feira, 18 de junho, durante o Etanol Summit, maior evento da América Latina do setor sucroenergético. O estudo identifica opções para descarbonização da matriz energética global no horizonte até 2050.

De acordo com Ricardo Gorini, pesquisador da IRENA, os biocombustíveis desempenharão papel fundamental na descarbonização do setor de transportes.

O assunto foi discutido na Plenária Biocombustíveis no mundo, que contou com a participação do diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão. O executivo lembrou que, embora existam programas de etanol em mais de 60 países em todos os continentes, 89% do consumo global de etanol está concentrado em três regiões: Brasil, Estados Unidos e União Europeia.

EXPANSÃO

Os biocombustíveis representam atualmente apenas 3% do consumo final de energia no setor de transportes. Desse total, dois terços são atendidos pelo etanol e um terço pelo biodiesel.

Para o diretor executivo UNICA, o caminho para essa expansão deverá ser o continente asiático. Segundo ele, a combinação de países altamente populosos com sociedades afluentes, deve resultar em um significativo crescimento da demanda por automóveis e, consequentemente, por combustíveis.

Para se ter uma ideia, somente Índia e China representam cerca de um terço de toda a população mundial. E é exatamente nesses dois países que a demanda por automóveis mais deve crescer nos próximos anos. Segundo relatório do Banco Mundial, a expectativa é que o volume de automóveis dobre nos próximos 30 anos.

 

Fonte: Unica